Horta Comunitária que ganhou exposição nas Nações Unidas serve de exemplo para organizações comunitárias do DF
Criada há 15 anos, a Horta Orgânica Comunitária Girassol, denominada hoje, Instituto Girassol é exemplo de sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e envolvimento da comunidade na produção de alimento saudáveis, entre outros. Reconhecida nacional e internacionalmente, o instituto já exibiu para o mundo o quão viável e, sobretudo importante para a saúde alimentar, é a produção agrícola em meios urbanos nos dias atuais. Razão pela qual participou da primeira exibição anual da Feed Your City, que aconteceu em 2016, exibida junto às Nações Unidas.
A sua História – Iniciado em 2005 em meio ao surto de Hantavirose (doença encontrada nas urinas e fezes de roedores silvestres) que chegou a matar algumas pessoas devido a grande presença de ratos no local, o projeto buscava fazer de um lixão um espaço para o sustento de famílias da comunidade do bairro Morro Azul, da cidade satélite de São Sebastião-DF. Desde então, um grupo de pessoas ligados à ONG – Casa de Cultura e Organização Permanente, liderados por Hosana Alves do Nascimento resolveram “arregaçar” as mangas e fazer do lixão uma horta comunitária.
Com muita luta e entraves junto ao poder público, a ocupação da área para fins de produção alimentar foi liberara e hoje o Instituído é responsável pela maior horta comunitária em meio urbano de Brasília. “Nada é fácil quando tem de começar algo. Aqui era preciso fazer alguma para produção de alimentos com olhar na preservação ambiental. Conservamos nascentes e delas temos toda a água que precisamos para criação de peixes e para regar”, explica Hosana.
Com olhar na preservação ambiental, conservamos nascentes e delas temos toda a água que precisamos para criação de peixes e para regar o que plantamos
Além de hortaliças são produzidos: peixes, frutas, legumes, pequenas plantas ornamentais (suculentas) e até o artesanato com materiais aproveitados da horta também é uma ideia “plantada” pelos produtores.
Da horta à mesa – O instituto promove a venda do que produz por meio do chamado CSA (Community-Supported Agriculture), ou seja: Agricultura Apoiada pela Comunidade. Um tipo de parceria criada entre produtores e consumidores de São Sebastião e região, que consiste na compra semanal de uma Cesta Verde, onde é fechada uma cota mensal com valor abaixo do mercado de produtos orgânicos. As cotas ajudam na geração de renda dos membros do Instituto. Parte dos produtos são vendidos na comunidade local a preços populares e ainda é feita doações com excedentes.
Nutrindo bons parceiros – Graças a uma parceria com o SENAR-DF, a técnica conhecida como Ferro-solo-cimento é aplicada na construção de tanques d’água para criação de peixes, bem como nos reservatório para irrigação.
O Núcleo de Agroecologia do IFB de Sebastião tem uma forte parceria com os produtores que juntos, desenvolvem ações de ensino de pesquisa e extensão com os alunos e com a comunidade.
A Emater-DF também é grande aliada na aplicação e extensão de técnicas para o aprimoramento das atividades ali aplicadas, além é claro, de contar com apoio de órgãos governamentais responsáveis pela doação de adubos e insumos, liberação e concessões de uso da área, bem como apoio logístico e financeiro.
Colhendo resultados – O futuro é promissor. Graças às experiências adquiridas ao longo dos anos, o instituto inicia a ampliação do seu projeto inicial para um complexo com atividades diversas, onde desenvolverão entre outras ações: atendimento às crianças com a futura creche; projetos na área de desporto; ações de educação para crianças e jovens, além de gestão ambiental.
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