No Brasil, o crescente número de pessoas que não cumprem quarentena preocupa órgãos internacionais governadores e demais autoridades.
A pandemia denominada Covid-19 deu ao capitalismo global um choque de escassez de mão-de-obra que está a atingir a oferta e a procura, simultaneamente. Com a quarentena, patrões e empregados tornaram-se insolventes, ou seja, não há mais produção e nem o que consumir, portanto não há lucros e a economia trava, deprecia-se o capital de valor (dinheiro) e o capital humano (trabalho) em um cenário onde já é evidente uma crise econômica e social nunca vista na história.
Embora sem evidenciar o embate ideológico, as forças políticas de esquerda buscam a unidade para o enfretamento durante e depois da pandemia, pois sabem que os trabalhadores e os menos favorecidos serão os grandes prejudicados do mal “exógeno” trazido, em especial, pela classe mais favorecida (ricos). Alastra-se no Brasil e não escolhe ninguém.
Não há outra forma de combater a não ser a reclusão, e o resultado é a destruição de uma enorme quantidade de valores e a inevitável crise econômica e social. Neste contexto, a consciência solidária, o humanismo e a defesa do direito à vida são sentimentos que unificam os partidos de esquerda, como descreve, em carta o advogado Fernando Neto.
Leia na íntegra!
Companheiras e companheiros de Luta
Torço para que todos estejam bem e cumprindo as medidas de segurança sanitária e de isolamento social de acordo com as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e dos profissionais da saúde que se manifestam em defesa da vida e da sociedade.
“Precisamos ser parte desta reflexão em sintido amplo, filosófico, social, cultural, jurídico e econômico e transpormos a barreira do senso comum”
Precisamos estar em alerta. O interesse por trás da disseminação da doença em escala esbarra em interesses com critérios técnicos e com planejamento estratégico de guerra. É fato que a disseminação gera imunidade comunitária e quem defende também leva em consideração o colapso da saúde, o número de mortes e a crise humanitária. O cálculo para exercer definitivamente e aplicar essa decisão, o fim do isolamento social, é o nível e efeito prático do pânico, da histeria coletiva, o medo e qual a capacidade de controle e aproveitamento deste cenário. Tratamos de um inimigo astuto e com educação cultural de combate e ações de controle territorial em guerra.
No centro de todos os acontecimentos atuais está a pandemia do COVID-19, a crise sanitária mundial expõe todos os problemas de nossa sociedade atual e precisamos ser parte desta reflexão em sentido amplo, filosófico, social, cultural, jurídico e econômico. No Brasil, a conjuntura é desfavorável para todos politicamente, tanto aos bolsonaristas que se isolaram em uma bolha radicalizada, nós petistas encastelados com dificuldades de transpor as barreiras do senso comum, os partidos de direita que perderam lastro social pelas escolhas que fizeram e no curso da história uma massa social descontente, desacreditada e à sorte dos acontecimentos.
Nossa capacidade de atuação neste momento é pequena e qualquer manifestação política pode ser mal interpretada independente da intenção, as prioridades devem ser o cuidado pessoal, familiar e social, à frente de nossas ações em primeiro lugar devem estar ações de solidariedade, gestos e atitudes que incluam os mais necessitados e os que serão atingidos psicologicamente pelo momento e pelas condições de isolamento. Ao Partido sugiro defendermos uma grande campanha de solidariedade humana puxada pelas redes sociais, ao nosso agrupamento que integremos ou sejamos proponentes de ações comunitárias, setorizadas ou organizada pelas nossas relações sociais e políticas.
A informação e contra informação deve estar no centro de nossas ações diárias e cotidianas, estejamos preparados para o debate, o contraditório e as ações diretas e de ataques pessoais. Cada ação humanitária e comunitária deve ser compartilhada para que construamos um ambiente de boas práticas e que amenize a sensação de impotência.
Cuidemos uns dos outros!
Fernando Nascimento Silva Neto: advogado, colunista e Ex-Secretário de Estado de Juventude do DF.
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